Se você está buscando Jeep Tour em Paraty, já adianto: esse é daqueles passeios que entregam natureza, cultura e uma dose de aventura na medida certa. Mas antes de se jogar nas cachoeiras e alambiques, confira também o Guia completo de Paraty: roteiro prático para curtir a cidade. Ele ajuda a organizar os dias e entender como encaixar o passeio de Jeep sem atropelar o resto da viagem.
Como funciona o Passeio de Jipe em Paraty
O passeio foi feito com a Paraty Tour, que foi uma grande parceira durante nossos dias na cidade. Carro conservado, guia atenciosa e toda a logística organizada — dá uma tranquilidade enorme para aproveitar só o que interessa: a experiência.
O ponto de encontro costuma ser em pousadas parceiras — no nosso caso, a Pousada Tie. Chegamos cinco minutos antes das 10h e o motorista já estava lá, sorridente, esperando. Segurança em primeiro lugar: cintos afivelados, jeep revisado, nada daquela sensação de improviso. Às 10h40, partimos com o grupo — oito pessoas no total, espaço justo e confortável.
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Aqui vale uma dica: se você pretende se aventurar de carro por conta própria, baixe o mapa antes. Boa parte do caminho não pega internet e o sinal some logo que você começa a estrada.
Primeira parada: Fazenda Pedra Branca
A Cachoeira da Pedra Branca é o cartão de visitas do Jeep Tour 4×4. A estrada até lá é tranquila, parcialmente asfaltada. A trilha até a queda d’água é curta, menos de dez minutos, aberta e bem cuidada. Logo na entrada da propriedade (se você estiver por conta própria paga R$ 12 a entrada por pessoa), dá para observar pássaros e aprender com a guia sobre a fauna da região.
Ali temos a primeira parada para banho, primeiro conhecemos uma antiga usina que alimentava a região, temos a oportunidade já de tirar belas fotos com a cachoeira e a vegetação preservada ao fundo. Nessa queda ainda não podemos tomar banho.
Em seguida continuando pela trilha, chegamos ao poço onde se pode tomar banho e mesmo sendo dia de semana, estava bem cheio, mas poucas pessoas tiveram coragem de entrar na água, pois prepare-se: a água é gelada. O truque é molhar o pulso e a nuca antes de entrar para evitar o choque térmico. O banho é revigorante, mas escorregadio — cuidado redobrado nas pedras.
Ah, e detalhe curioso: a guia Joyce nos explicou que aquelas manchas brancas de líquen nas árvores são sinal da qualidade do ar. Ou seja, respirar aqui é saúde, aproveite.
Dica: se você estiver indo por conta própria, a minha recomendação é que se planeje para estar nas quedas logo cedo, pois os passeios que levam maior fluxo de turistas só começam a chegar por volta das 11 da manhã.
Entre cachoeiras e cachaça
O trajeto do Passeio de Jipe em Paraty também leva a uma das tradições mais fortes da cidade: os alambiques. A região abriga pelo menos seis, e paramos no Alambique Pedra Branca, um dos mais famosos. A degustação é democrática: de cachaças puras a licores docinhos, como café e laranja. São 14 opções, todas explicadas com paciência pelo atendente. Fora as cachaças, ainda experimentamos geleias e doces caseiros.
Quem não está dirigindo pode se esbaldar sem peso na consciência. Já quem vai pegar estrada depois, melhor escolher com calma só as mais leves.
Outras cachoeiras do Jeep Tour em Paraty
Depois da Pedra Branca, o Jeep Tour segue explorando a serra e abrindo espaço para mais quedas-d’água. A primeira delas é a Cachoeira Sete Quedas, a cerca de 2,5 km da anterior. O acesso é fácil e a estrutura da propriedade é maior, com áreas para descansar e passar o dia. É uma boa pedida para quem gosta de ficar sem pressa. A água continua gelada, mas o ambiente convida a ficar — seja para nadar nos poços naturais, seja só para ouvir o barulho da mata em volta.
Já a estrela do roteiro é a Cachoeira do Tobogã, no bairro Penha. Ela ganhou fama pela “pista natural” formada pelas pedras lisas, onde os mais corajosos deslizam como se fosse um escorregador. Parece maluquice, mas os guias ensinam a posição certa e garantem que a descida seja divertida e segura. Quem preferir, pode apenas assistir da beira e registrar os tombos e gargalhadas dos mais animados.
Coladinha na mesma trilha, está a Cachoeira do Tarzan. Menor e mais intimista, é o contraponto perfeito para quem busca sossego. Uma trilha curta de uns 3 minutos leva até o poço de água cristalina, cercado por pedras grandes que funcionam como solário natural. Ali o ritmo desacelera: dá para ficar sentado nas pedras, molhar só os pés e curtir o verde ao redor. Ou se jogar naquela água fria, mas revigorante.
Ah, e um detalhe prático: essa região tem estacionamento gratuito, o que facilita para quem quiser voltar depois por conta própria e aproveitar mais tempo sem depender do grupo.
Pausa gastronômica: Engenho D’Ouro
No meio do Jeep Tour, a fome bate forte. E é aí que entra o Engenho D’Ouro, parada estratégica para o almoço. O restaurante funciona no sistema self-service por quilo (R$ 69,90), mas também oferece pratos à la carte. A estrela da casa é a galinha caipira ensopada, prato que já apareceu até no programa da Ana Maria Braga e virou cartão de visita do lugar.
O buffet é variado: arroz, feijão, saladas, guarnições e diferentes tipos de proteína. Mas um ponto de atenção: as preparações costumam levar bastante óleo, principalmente os peixes e frangos fritos, o que pode complicar para quem prefere uma refeição mais leve. Ainda assim, dá para montar um prato honesto sem sair insatisfeito.
O espaço do restaurante também merece destaque. É amplo, arejado e com aquele clima rústico de roça que combina bem com o espírito do passeio. Para famílias, funciona muito bem porque ali tem playground para as crianças. Já os casais podem aproveitar o ambiente mais tranquilo da varanda, que dá vista para a natureza em volta, depois do almoço você pode pegar aquele café e apreciar a vista.
E um plus: o Engenho fica colado a um antigo alambique, o que dá a sensação de estar realmente mergulhando na tradição da região, onde cachoeira e cachaça caminham juntas no roteiro. Ao terminar a refeição você pode fazer a degustação de mais algumas cachaças, doces e salgados da região.
Final de tarde com vista
Depois de tantas cachoeiras e degustações, o passeio de Jeep em Paraty ainda reserva um final relaxante no Forte Perpétuo. Localizado a uma curta trilha de cerca de dez minutos, o lugar é uma grata surpresa para fechar o dia em clima tranquilo. O caminho é fácil, bem aberto, e já começa a entregar uma vista bonita do mar e do verde ao redor.
Chegando ao topo, você encontra um gramado amplo e bem cuidado, bancos de madeira estrategicamente posicionados e um visual panorâmico para a Praia do Pontal. É aquele tipo de lugar perfeito para sentar, respirar fundo e assistir ao entardecer com calma, sem pressa. Se levar um lanche ou até um pastel da cidade, dá para improvisar um piquenique ali mesmo.
O forte também abriga um pequeno museu histórico, dedicado a contar parte da trajetória de Paraty, incluindo objetos militares e informações sobre a defesa da baía. Ele funciona de quarta a domingo, mas na nossa visita estava fechado. Mesmo assim, o passeio vale pela atmosfera: pouca gente, silêncio quebrado apenas pelo som do mar e um visual que rende fotos incríveis.
Para quem gosta de unir natureza com um pouco de história, o Forte Perpétuo é uma das cerejas do bolo do Jeep Tour, da para conhecer por conta própria ou nesse passeio de Jeep Tour.
Fechando o dia no Pastelonni
E como ninguém é de ferro, nada melhor do que encerrar o roteiro com um lanche bem brasileiro. A parada final foi no Pastelonni, um clássico de Paraty que ficou famoso pelos seus pastéis gigantes de 30 cm. O cardápio é variado, mas a graça está justamente no tamanho: cada pastel parece quase uma refeição.
Pedimos três sabores para dividir: frango com catupiry, pizza e banana com doce de leite. Os pastéis chegaram rápido à mesa, quentinhos e crocantes. A massa é bem sequinha, sem exagero de óleo, mas confesso que as bordas eram generosas demais, quase roubando espaço do recheio. O de frango estava ótimo, o doce foi a estrela, mas o de pizza acabou soando mais como um pastel de queijo.
Ainda assim, a experiência foi divertida e funcionou como fechamento perfeito do dia. Depois de banho gelado de cachoeira, escorregada no tobogã e caminhadas leves, nada como um pastel gigante para repor as calorias gastas.
Dica prática: na região do Pastelonni, o estacionamento funciona no esquema Zona Azul. Custa R$ 3 por hora, sem limite de tempo. O pagamento pode ser feito via aplicativo “Paraty Rotativo” (um tanto confuso de usar), em totens espalhados ou diretamente com funcionários credenciados.
Jeep Paraty: vale a pena o passeio?
Vale, e muito. O Jeep Tour 4×4 em Paraty é daqueles passeios que combinam cachoeiras acessíveis, curiosidades da serra, cultura da cachaça e até um pouco de história. Não exige preparo físico além do básico e funciona bem tanto para famílias quanto para grupos de amigos.
Para quem viaja de carro, é um jeito inteligente de não se preocupar com mapa, estrada ou estacionamento. Para quem busca uma viagem econômica, dá para aproveitar muito em um único dia, sem gastar com vários passeios separados. E para quem curte natureza é a chance de ver o lado B de Paraty, longe apenas do centrinho colonial.
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