Se você está pensando em escapar da rotina e quer um destino com boa estrutura, trilhas cenográficas, cachoeiras escondidas e aquele jeitinho de cidade do interior — mas com restaurantes que surpreendem — então Ponta Grossa pode (e deve!) entrar no seu radar.
Localizada nos Campos Gerais do Paraná, essa cidade é uma daquelas surpresas que a gente se pergunta por que demorou tanto pra conhecer.
Aqui vai um guia completo de viagem, ideal pra quem vai de carro e curte ecoturismo, natureza, comida boa e experiências fora do comum.
Por que visitar Ponta Grossa
Porque ela entrega muito por pouco. Natureza abundante, trilhas acessíveis, atrações únicas como o Parque Vila Velha e o Buraco do Padre — e tudo isso a menos de 2h de Curitiba. Ponta Grossa tem a vocação para o ecoturismo, mas sem deixar de lado o conforto: você encontra hospedagens charmosas, bons restaurantes e estrutura para ir com a família, amigos ou em casal.
É um destino versátil: agrada quem quer aventura leve (como tirolesas e trilhas de nível fácil) e também quem só quer respirar ar puro, caminhar sem pressa e comer bem.
Quando ir para Ponta Grossa
A cidade pode ser visitada o ano todo, mas a melhor época vai de abril a junho (Outono), quando o clima está mais seco e setembro a novembro (primavera) quando o clima não está tão frio e ideal para caminhadas, trilhas e atividades ao ar livre. Nos meses de verão, o calor é forte e pode atrapalhar um pouco, especialmente em trilhas mais abertas como as do Parque Vila Velha.
Evite feriados prolongados se você busca sossego: as atrações principais lotam, especialmente a tirolesa do Buraco do Padre e os ônibus internos do parque. Se puder, vá durante a semana — os passeios fluem melhor e você aproveita com mais calma.
O que fazer em Ponta Grossa
Agora sim, o que todo mundo quer saber: o que fazer em Ponta Grossa? A lista é generosa, mas aqui vão os destaques imperdíveis:
Parque Estadual de Vila Velha
É o cartão-postal da cidade. A visita começa com um ônibus que leva até os famosos arenitos, formações rochosas com formas curiosas esculpidas há mais de 300 milhões de anos. A trilha é circular, com cerca de 1.600 metros — e vale cada passo.
Depois, você visita a Lagoa Dourada e as Furnas, duas crateras naturais gigantescas com água em tons profundos. Dá até pra ver a tirolesa passando lá em cima — e sim, você pode (e deve) encarar a aventura. É um passeio tranquilo e gostoso de aproveitar, só assim você consegue ter uma noção de quão profunda é a furna.
A estrutura do parque é excelente, mas vá com sapato confortável, leve água e, se puder, um lanchinho. Dica de ouro: vá primeiro nas Furnas e Lagoa, que têm horários mais espaçados, e depois deixe os arenitos por último, para terminar o passeio no seu ponto mais alto.
Buraco do Padre
Aqui o clima muda. O Buraco do Padre é um lugar místico. Uma trilha tranquila de cerca de 15 minutos leva até uma gruta enorme com uma queda d’água no centro. O som da água ecoa nas paredes e o frescor do lugar é instantâneo. Dá pra tomar banho, fotografar à vontade ou só sentar e absorver a energia do lugar.
Não deixe de visitar o mirante no topo do buraco (sim, tem como ver de cima!) e, se tiver disposição, encare a trilha da Tirolesa, que é leve na descida e mais puxada na volta — mas a vista compensa. Tem também o Poço Encantado e a trilha das Araucárias, que completam bem o passeio.
Parque das Olarias
Um achado dentro da cidade. Excelente para caminhadas no fim do dia, com pista de corrida e ciclovia ao redor do lago. O pôr do sol aqui é um espetáculo. Depois da caminhada, aproveite para experimentar os quitutes das barraquinhas: pastel, caldo de cana, batata recheada…
Roteiro em Ponta Grossa: 2 dias para curtir o essencial
Se você só tem um fim de semana, não se preocupe. Dá pra aproveitar bem com um roteiro estratégico.
Dia 1 – Chegada + Gastronomia
Saindo de São Paulo cedo, a viagem leva em torno de 7h30. Faça uma parada para almoço no restaurante Immich, em Quatro Coroas: buffet por quilo com comida caseira e ambiente simples.
Chegando a Ponta Grossa, faça o check-in na hospedagem e finalize o dia no surpreendente Sete Fusion Cuisine. Não se assuste com o ambiente escuro — faz parte do charme. O menu é uma fusão de culinárias japonesa, tailandesa, francesa e italiana. O nhoque com manteiga de especiarias foi eleito o favorito da noite. E as sobremesas? A pavlova e o sorvete de tangerina caramelizada são de aplaudir de pé.
Dia 2 – Parque Vila Velha
Reserve pelo menos meio dia para explorar o parque. Chegue cedo, leve repelente, boné e esteja pronto para caminhar. A trilha até a Taça (uma das formações) é acessível, mas se quiser ver figuras como o dinossauro, vai precisar encarar a trilha mais longa e escorregadia.
À tarde, feche com um passeio leve no Parque das Olarias e um jantar no Croco Esfihas — ótimo pra quem viaja com crianças, com rodízio de esfirras e ambiente animado.
Roteiro em Ponta Grossa: 3 dias para ir além
Se tiver mais um dia, ótimo! Dá pra explorar com mais calma e incluir novas experiências.
Dia 3 – Buraco do Padre
Comece o dia cedo, pois há muito o que fazer por aqui. A trilha até o Buraco é simples, mas o passeio completo — incluindo a tirolesa e as trilhas complementares — pode facilmente tomar a manhã inteira.
Leve lanche e água: não há lanchonetes no trajeto, e você vai querer passar mais tempo por lá. No retorno, pare para almoçar no restaurante do parque ou, se ainda tiver fôlego, finalize com um pastel caprichado no Meu Pastel Favorito, que tem recheios personalizados e um ambiente aconchegante.
Onde se hospedar em Ponta Grossa
A cidade oferece boas opções para todos os estilos de viajantes — de quem prefere a comodidade do centro até quem quer acordar com vista pro mato. A seguir, separamos quatro hotéis bem avaliados, com localização estratégica e conforto de sobra. Todos testados e aprovados por viajantes como você, que valorizam uma boa noite de sono, café da manhã reforçado e praticidade na hora de sair para os passeios.
Bourbon Convention Hotel Ponta Grossa
Nota: 8,8 – O que mais elogiam? Instalações novas e modernas, excelente localização e um café da manhã daqueles que fazem você querer repetir o prato.
Valor médio: R$313 – Endereço: Rua Jacob Holzmann, 219, Olarias, Ponta Grossa, PR – Reserve aqui
Premium Vila Velha Ponta Grossa
Nota: 9,2 – Atendimento simpático, quartos confortáveis, cheirinho de limpeza no ar e um café da manhã que já vale o investimento.
Valor médio: R$341 – Endereço: Avenida Balduino Taques, 123, Centro, Ponta Grossa, PR – Reserve aqui
Ibis Ponta Grossa
Nota: 9,4 – Localização estratégica, bem no centro da cidade. O ambiente é organizado, os quartos são confortáveis e o café da manhã é daqueles que animam até quem não costuma acordar cedo. E o bônus? Eles aceitam pets, com taxa adicional de R$75.
Valor médio: R$363 – Endereço: Rua Sete de Setembro, 46, Centro, Ponta Grossa, PR – Reserve aqui
Astron Ponta Grossa Plaza by Nobile
Nota: 9 – Um hotel limpo, bem localizado, com equipe atenciosa e simpática. A garagem fica em outro prédio, mas o serviço é rápido e eficiente.
Valor médio: R$335 – Endereço: Rua Sete de Setembro, 887, Ponta Grossa, PR – Reserve aqui
Casa de Temporada
Se você, como a gente, estiver viajando com pet ou quiser mais espaço para cozinhar, descansar e até fazer um churrasquinho, uma boa alternativa são as casas de temporada. Nós ficamos em uma casa no bairro Estrela, colado ao centro, que atendeu super bem às nossas necessidades — inclusive para quem leva gato na viagem. As únicas ressalvas são que você vai precisar levar a sua toalha, pois não são fornecidas e o apartamento está no quarto andar e não tem elevador no prédio.
Onde comer em Ponta Grossa
A gastronomia é um capítulo à parte por aqui. Além dos já citados, anote essas dicas:
- Sete Fusion Cuisine: peça o menu confiance e deixe-se surpreender pelo chef.
- Croco Esfihas: ideal para grupos e famílias, com rodízio divertido e ambiente colorido.
- Meu Pastel Favorito: pastéis recheadíssimos e possibilidade de personalização.
- Geo Restaurante (dentro do Buraco do Padre): ideal para quem quer unir natureza e boa comida.
Dicas Práticas para Ponta Grossa
- Deslocamento: vá de carro. As principais atrações são afastadas e o transporte público não dá conta do recado.
- Aplicativo de estacionamento: Star Ponta Grossa.
- Segurança: nos sentimos seguros em todos os lugares, mas atenção ao atravessar ruas — os motoristas não costumam dar preferência.
- Curiosidade: a cidade é cheia de corujinhas nas calçadas — e não estamos falando das aves, mas dos postes com iluminação baixa que ajudam os pedestres à noite
Vale a pena o bate-volta de Curitiba?
Olha, até dá. São pouco mais de 100 km entre Curitiba e Ponta Grossa, o que torna o bate-volta tecnicamente possível. Mas na prática… vai ser corrido demais. Isso porque atrações como o Buraco do Padre e o Parque Vila Velha merecem ser aproveitadas com calma — e não só pela beleza natural, mas também pela logística: cada lugar exige deslocamento interno, pequenas trilhas e um tempo pra curtir sem pressa.
Se for só pra ter um gostinho, vale escolher um passeio guiado que já inclua transporte e almoço. Nesse caso, a melhor pedida é esta excursão saindo de Curitiba para o Parque Vila Velha com tudo organizadinho:
Reserve aqui sua excursão ao Parque Vila Velha com almoço incluído
Agora, se puder, faça um favor a si mesmo: passe pelo menos duas noites em Ponta Grossa. A cidade merece tempo. Com um bom roteiro e sem correria, você aproveita o ecoturismo, come bem, relaxa — e ainda descobre um Paraná que poucos conhecem.
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